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A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, defendeu em Sharm El-Sheikh, Egipto, o reforço da cooperação internacional para o êxito das estratégias de combate às alterações climáticas.

Esperança da Costa, que falava  esta segunda-feira (7), na Cimeira Mundial do Clima COP27, que decorre desde domingo, reforçou que esta deve atribuir um papel central na partilha de conhecimentos e transferência de recursos tecnológicos e financeiros dos países industrializados para os menos avançados.

A mesma cooperação, acrescenta, deve dar destaque para África que é um dos continentes que menos polui e mais sofre com as alterações climáticas.

Na sua intervenção, mencionou o facto de na Cimeira Extraordinária Humanitária e na Conferência de Doadores da União Africana (UA) terem sido feitas promessas de financiamento orçadas em mais de USD 100 milhões.

A Vice-Presidente acrescenta, visavam o combate aos problemas ligados às alterações climáticas e à crise humanitária em África, verificando-se  quanto à sua materialização, uma atitude quase tímida.

Referiu ainda, em relação ao continente africano, a necessidade extrema da criação de um sistema de alerta prévio e a operacionalização da Agência Humanitária Africana, porquanto irão permitir identificar os múltiplos perigos relacionados com as alterações climáticas.

Pretende-se, avançou, recolha e partilha de dados para responder aos diferentes problemas ligados às alterações climáticas, incluindo as deslocações forçadas.

De acordo com Esperança da Cosa, está cada vez mais evidente o nexo entre as alterações climáticas e os desafios de paz e segurança ao nível global, em especial em África.

Salienta ainda que o aumento da temperatura dos oceanos no planeta, as secas prolongadas e outros fenómenos extremos estão a afectar a vida e os meios de subsistência das comunidades no Mundo, agravando as condições económicas, sociais ou políticas, deixando populações vulneráveis e muito propensas a conflitos e à instabilidade.

Neste sentido, como campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África, refere que o Presidente João Lourenço considera que os riscos e ameaças associadas às alterações climáticas requerem uma abordagem internacional mais abrangente, que inclua também uma revisão e adaptação dos mecanismos de paz e segurança continentais para que os seus instrumentos de intervenção sejam mas eficientes.

Em relação ao país, salienta que Angola reconhece que as alterações climáticas têm impactado negativamente na concretização dos diferentes planos de desenvolvimento, daí que se aprovou uma estratégia nacional para o efeito.

A estratégia, disse, estabelece uma visão até 2030, com o objectivo de assegurar a adaptação do território angolano e contribuir no esforço mundial de combate às suas causas.