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O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, foi condecorado, quarta-feira (24), pelo homólogo Sergio Mattarella, com a Ordem de Mérito da República Italiana, a mais alta concedida no país europeu.

A Ordem do Mérito da República Italiana foi criada em 1951 com o objectivo de recompensar os serviços prestados em áreas como economia, artes literatura, actividades de carácter social ou de serviço público, entre outras.

A outorga teve lugar durante um jantar oficial oferecido ao Estadista angolano e respectiva delegação, pelo Presidente italiano, Sergio Mattarella.

Na ocasião, João Lourenço, que está na Itália em visita de Estado de dois dias, afirmou que o povo angolano é "o grande merecedor desta distinção", pela contribuição à causa da libertação dos povos, da paz e da harmonia entre as nações.

Também no jantar, o Presidente João Lourenço outorgou ao homólogo Sergio Mattarella e à Primeira-Dama da Itália, Laura Mattarella, a Ordem Agostinho Neto, a mais alta condecoração do Estado angolano atribuída a entidades estrangeiras.

"Fizemo-lo como gesto de reconhecimento pelo apoio que o povo italiano, através de organizações da sociedade civil, prestou à luta de libertação nacional que nos conduziu à Independência Nacional", expressou o Presidente angolano.

João Lourenço sublinhou o facto de a Itália ter sido o primeiro país europeu a reconhecer, em Fevereiro de 1976, Angola como um Estado soberano, e ter sabido manter as relações de amizade e cooperação económica com o país nos difíceis anos do conflito armado até à presente data.

No quadro económico, o Chefe de Estado angolano, informou que o ambiente de negócios que se vive no país é "bastante favorável" ao investimento privado estrangeiro em todos os domínios da economia.

Reforçou, por isso, a esperança de que a visita à Itália represente um marco importante na construção de uma parceria forte com benefícios recíprocos.

O Presidente João Lourenço aproveitou a oportunidade para manifestar apreensão com o rumo dos conflitos no mundo, tendo destacado os existentes em África, do Médio Oriente, a situação na península coreana e a invasão da Ucrânia, pela Rússia.

Quanto à guerra na Ucrânia, o Presidente João Lourenço considerou urgente alcançar-se um cessar-fogo imediato e dar-se início a conversações que tragam uma paz duradoura.

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