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Uma equipa de técnicos do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) E.P) está a desenvolver um estudo de viabilidade para o lançamento de 300 quilómetros da linha ferroviária que ligará Angola à Namíbia.

O CFM, com sede no Lubango, província da Huíla, tem um traçado de 905 quilómetros ao longo de 56 estações entre Namibe, Huíla e Cuando Cubango (esta última província partilha fronteira com a Namíbia).

Falando à imprensa, neste fim-de-semana, no Lubango, o presidente do Conselho de Administração do CFM, Daniel João Quipaxe, disse tratar-se de um projecto estruturante que requer um investimento avultado, mas que está a ser gizado e orçamentado, para que a sua implementação ocorra a médio prazo.

Relativamente ao estudo, afirmou que a Namíbia já concluiu a sua parte, aguardando que Angola o faça também, para que se possa aproximar ainda mais a região da África Austral.

Revelou que já foram identificadas as áreas por onde vai passar o traçado, apesar de os técnicos detectarem rios e riachos no perfil, o que exige um trabalho de grande dimensão para a qualidade desejada.

“Estes projectos todos estão a ser acautelados e estudados ao pormenor e acreditamos que, em breve, teremos os resultados dos estudos e a quantificação do projecto em si", disse o PCA do CFM.

Afirmou que após a sua materialização haverá vantagens para a região Sul do país, especialmente a Huíla, que se tornou numa praça giratória do comércio da África Austral, com regulares movimentos de autocarros e camiões provenientes da Namíbia e da África do Sul, com um volume de carga que pode registar incremento depois da entrada do comboio em cena.

Frisou que a nível de transportes de mercadorias, o comboio tornar-se-á mais rentável e os custos serão mais baixos, permitindo maior fuidez de passageiros e da classe empresarial de Angola, da Namíbia e da África do sul.

Daniel Quipaxe anunciou, por outro lado, a entrada em funcionamento, dentro de duas semanas, de duas unidades múltiplas denominadas (DMU), um meio de transporte expresso (rápido), que se vai cingir apenas no apoio aos estudantes e trabalhadores públicos e privados do Lubango.