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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, destacou, em Kinshasa, o papel de Angola e do Quénia na mediação do diferendo entre a República Democrática do Congo e o Rwanda.

Antony Blinken, que lidera uma delegação de altos funcionários do seu país, está em Kinshasa após uma visita de trabalho à África do Sul.

"O que nós fazemos diariamente é garantir que os Estados Unidos possam apoiar a mediação internacional gerida por Angola e pelo Quénia. Trazer de volta a paz, a segurança e a estabilidade", disse Antony Blinken, citado pela  Agência Congolesa de Imprensa.

De acordo com a imprensa internacional, a visita ao continente africano visa reforçar o diálogo EUA-África, bem como procurar atenuar a influência russa no continente.

O alto funcionário americano pediu ao M23 e a todos os outros grupos armados que "cessem as suas actividades violentas, desmilitarizem e prossigam os esforços de normalização que são imperativos".

Por sua vez, o vice-primeiro-ministro da RDC, Christophe Lutundula, indicou que as delegações dos EUA e do Congo discutiram questões de interesse comum.

Engajamento do Presidente João Lourenço

Sob mediação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, os presidentes da RDC, Félix Tshisekedi, e do Rwanda, Paul Kagame, reuniram-se, em Julho passado, em Luanda, num encontro que visou solucionar o conflito armado no leste da RDC.

Desde que tomou posse como Presidente da República, em Setembro de 2017, João Lourenço tem se empenhado na resolução de crises políticas e militares em alguns Estados da Região dos Grandes Lagos, particularmente no Rwanda e Uganda, República Centro Africana (RCA), Sudão, República Democrática do Congo (RDC), Tchad.

A propósito, analistas consideram que João Lourenço tem tido empenho positivo nos esforços para ultrapassar as crises e desenvolve um grande trabalho para pôr fim à presença, em território da RDC, das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDLR) e para o desmantelamento das milícias congolesas (M23).