CF-Benguela

Os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia, manifestaram, hoje, à margem do evento da Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais (PGII), do encontro do G20, que decorre na Índia, a vontade de apoiar o compromisso de Angola, da Zâmbia e da República Democrática do Congo de desenvolver ainda mais o Corredor do Lobito e o lançamento EUA-UE de um estudo de viabilidade da linha ferroviária  Greenfield.

Numa declaração conjunta os EUA e a UE comprometeram-se em acelerar o trabalho de parceria com os três países africanos, para apoiar o desenvolvimento do Corredor, nomeadamente através do lançamento de estudos de viabilidade para uma nova expansão da linha ferroviária greenfield entre a Zâmbia e Angola.

A sua concretização representará uma evolução poderosa do elemento Parceria da Parceria para Infraestruturas e Investimentos Globais, com uma abordagem colaborativa que poderia ser replicada noutros corredores estratégicos em todo o mundo.

A parceria EUA-UE redundará na actualização das infra-estruturas críticas em todo continente africano com realce para a zona Subsaariana, com o desbloqueio do enorme potencial desta região.

Ainda de acordo com a declaração, o esforço combinará recursos financeiros e conhecimentos técnicos para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, incluindo investimentos no acesso digital e nas cadeias de valor agrícolas que aumentarão a competitividade regional, a criar empregos locais, diminuir a emissão de carbono e melhorar as economias locais.

Quando a infra-estrutura de transportes que liga os três países estiver totalmente operacional, o Corredor aumentará as possibilidades de exportação de metais e outros produtos para a Zâmbia, Angola e a República Democrática do Congo, reduzirá significativamente o tempo médio de transporte, reduzirá os custos logísticos, bem como para o desenvolvimento futuro de quaisquer descobertas minerais.

A reconstrução das infraestruturas de transporte tem sido a principal prioridade do governo de Angola. A maior parte dos investimentos têm sido garantidos por recursos dos próprios, em particular pelas receitas provenientes da produção de petrolífera.

O Corredor do Lobito liga o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e globais através do Porto do Lobito, em Angola, estende-se, por quase 1.300 km passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, e continua depois por 400 km na República Democrática do Congo até Kolwezi, o coração do Copperbelt, na Zâmbia, estando igualmente ligado à extensa rede ferroviária administrada pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC).