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O presidente da Câmara de Comércio do Texas, Posso Ganame, manifestou segunda-feira (06), em Dallas, o interesse de investir em Angola, sobretudo no mercado de produção e distribuição de medicamentos.

Segundo o responsável, que falava à imprensa, à saída de uma audiência com o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, há um forte desejo de instalar fábricas e aproveitar as oportunidades de negócios em Angola.

"Estamos a tentar levar estas empresas para Angola e, mais importante ainda, empresas manufactureiras, especialmente de medicamentos. Esperamos, realmente, chegar ao país e criar fábricas de medicamentos", sublinhou.

De acordo com a fonte, existe uma grande porção de investimentos e comércio entre o continente africano e o estado do Texas, que também podem ser exploradas no quadro de uma parceria estratégica com Angola.

"Temos empresas que vão desde os ramos da agricultura, energia, saúde, educação e das infra-estruturas, na sua maioria com vontade de trabalhar em Angola, o que é muito bom para nós", referiu o executivo, um dos nove recebidos ao longo do dia pelo Presidente João Lourenço.

Para o efeito, disse contar com a participação de todos os maiores hospitais locais e com o apoio total da câmara municipal, pelo que estão a trabalhar na base de uma parceria alargada para garantir a chegada dos cuidados de saúde ao continente africano, especialmente a Angola.

Em relação ao conteúdo da conversa com o Presidente angolano, disse que serviu para avaliarem as perspectivas de investimento em diferentes sectores, como o das tecnologias, educação, ciência, saúde e energia.

Afirmou, por outro lado, que Angola é um país estratégico, estável e democrático, razão pela qual acredita na forte possibilidade de levar ao país empresas norte-americanas, depois da 16ª Cimeira Empresarial EUA-África.

Posso Ganame fez-se acompanhar, na audiência com João Lourenço, por executivos de empresas de renome, como a Meta, Shell, Subtle Capital, Wyre, Aperio Insights e Infodat.

Ainda na segunda-feira, o Chefe de Estado angolano recebeu uma delegação da Chevron, companhia petrolífera que opera em Angola há mais de meio século, através da sua subsidiária Cabinda  Gulf Oil Company (CABGOC).

A delegação da petrolífera, uma das mais importantes operadoras de petróleo no país, foi encabeçada pelo presidente da Chevron Internacional Exploracion and Production, Clay Neff, e incluiu outros executivos.

Em declarações à imprensa, Billy Lacobie, director geral da Chevron em Angola, disse que a audiência serviu para a multinacional falar sobre a sua presença em Angola ao longo de 70 anos, que continua muito intensa.

"A Chevron tem uma grande parceria com Angola ao longo dessas sete décadas. Temos a intenção de continuar a investir e aproveitar as oportunidades que existem em Angola", disse.

Lembrou que a petrolífera descobriu, recentemente, um novo bloco, no caso o 14-23, e continua a trabalhar para a descoberta de blocos adicionais em águas profundas.

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"Continuamos a trabalhar para assegurar a estabilidade da nossa produção actual em Angola, que ronda os 250 mil barris/dia e 250 mil metros cúbicos de gás", informou.

De igual modo, o Presidente angolano recebeu Alice Albrigth, Directora do Millenium Challenge Corporation, que expressou o entusiasmo da sua administração em continuar a trabalhar com o Governo de Angola em vários aspectos.

"Estamos aqui para prosseguir as nossas discussões, já com a adesão de várias outras agências do Governo americano, que dispõem de ferramentas comerciais que podem ser utilizadas para trabalhar com o Governo angolano", expressou a responsável.

Disse, por outro lado, que em termos de ambiente de negócios, vê algumas oportunidades em Angola, pelo que os seus colegas no Governo estão ansiosos em interagir sobre essas oportunidades com os vários ministros angolanos presentes na Cimeira Empresarial EUA-África.

Durante a sua jornada, repleta de reuniões de trabalho à volta da possibilidade de negócios sólidos e sustentáveis entre empresas dos Estados Unidos da América e Angola, o Presidente João Lourenço recebeu igualmente a líder do EXIMBANK, Rita Lewis, que não prestou declarações. Elj/ART