Governo e Banco Mundial rubricam acordo avaliado em USD 300 milhões
Um Acordo de Financiamento para o Projecto de Aceleração da Diversificação Económica e Criação de Emprego, avaliado em 300 milhões de dólares (equivalente a mais de kz 237 mil milhões) foi rubricado, esta segunda-feira (26), em Luanda, entre o Governo de Angola e o Banco Mundial (BM).
O documento foi assinado pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, e pelo director regional do BM para Angola, República Democrática do Congo e São Tomé, Albert Zeufack, na presença dos ministros da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, dos Transportes, Ricardo D'Abreu, e da vice-presidente do BM para África, Victoria Kwakwa.
Ao intervir no acto, a vice-presidente para a África Oriental e Austral do BM para África, Victoria Kwakwa, sublinhou que o projecto prevê beneficiar 12 mil empresas para a melhoria do ambiente de negócios.
“Prevê-se que o projecto permita um investimento privado de 400 milhões de dólares em sectores não petrolíferos, contribuindo para a criação de empregos directos e indirectos. Este é um testemunho da força da parceria entre o Governo de Angola e o Banco Mundial”, enfatizou.
Victoria Kwakwa explicou que, para permitir a diversificação económica, liderada pelo sector privado, o projecto vai apoiar os esforços do Governo para melhorar o ambiente regulamentar e institucional, para o comércio, a entrada e as operações das empresas e os serviços financeiros.
O objectivo, disse, é catalisar os investimentos públicos e privados em infra-estruturas produtivas no Corredor do Lobito, através de parcerias público-privadas e de investimentos de 100 milhões dólares em infra-estruturas de última milha.
A responsável reconheceu que Angola tem um potencial imenso para se tornar numa potência agro-industrial e para desenvolver os serviços tecnológicos, que podem criar empregos nos centros urbanos.
Citando dados do Inquérito às Empresas (REMPE), cujos indicadores mostram que mais de 80 por cento das empresas em Angola são micro-empresas, com menos de cinco trabalhadores, 60 por cento das quais no comércio e em Luanda, diz que a mudança deste cenário “só acontecerá com um sector privado forte”.
Já a ministra das Finanças, Vera Daves, destacou que o Governo e o BM partilham a mesma visão sobre os principais desafios a que urge dar resposta, para um desenvolvimento mais igualitário e sustentável do país.
Explicou que a opção da aposta no sector privado resulta de uma visão do Executivo angolano sobre o papel que este deve desempenhar, tendo em vista a promoção do crescimento económico e a melhoria dos indicadores sociais.
“Um dos desafios que se colocam é o da participação do sector privado na diversificação da economia, em actividades geradoras de rendimento e emprego massivo para a população, especialmente para os jovens”, disse.
O projecto apoiará, igualmente, o reforço das capacidades das empresas e a adopção de tecnologias, bem como facilitará a concessão de empréstimos comerciais às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), através de garantias de crédito. HEM/AC