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De acordo com o governador do BNA, “há espaço para mais bancos internacionais operarem em Angola”, sustentando essa abordagem com as oportunidades que a agenda de diversificação económica proporciona às instituições financeiras na sua relação com o sector privado bem como o facto da inclusão financeira rondar apenas os 50 por cento da população. “Há, por isso, um tremendo espaço”, garantiu.

Ao intervir na sessão de perguntas e respostas durante a mesa redonda sobre o Potencial do Crescimento Económico de Angola, organizada pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos da América, José de Lima Massano fez um enquadramento à plateia sobre as medidas tomadas nos últimos tempos tendo em vista a estabilidade do sistema financeiro, controlo da inflação e o sistema operacional e de gestão da taxas de câmbio, para a qual foi contratada a plataforma da Bloomberg.

Segundo o governador do banco central angolano, o uso da plataforma tornou o sistema flexível, transparente e operando com base nas condições do mercado cambial. Entretanto, o governador anunciou que está em estudo a possibilidade das empresas que fazem transferências de dinheiro poderem também operar na referida plataforma. José de Lima Massano defendeu a necessidade destas empresas dispersarem a sua presença pelas demais províncias evitando, assim, a concentração apenas em Luanda.

No tocante aos princípios de supervisão bancária, o Governador do BNA esclareceu que Angola adoptou as regras do Banco Central Europeu e tem vindo a exercer um papel de regulador e supervisor do sistema, agora apoiado na independência determinada pela revisão constitucional de 2021, tendo realçado as medidas adoptadas para salvaguardar a estabilidade e evitar o contágio e riscos sobre o sistema financeiro. Ele destacou ainda o trabalho que tem sido feito junto do BPC e do Banco Económico para controlo dos riscos sistémicos.

A ministra das Finanças fez, na ocasião, uma abordagem sobre a o quadro macro-fiscal, ressaltando as medidas adoptadas para o controle da dívida pública, as necessidades de financiamento presentes no Orçamento Geral do Estado para 2023 bem como as perspectivas de lançamento de obrigações ESG (títulos para fins ambientais, sociais e de governação ) no mercado financeiro internacional.

Por seu turno, Mário Caetano João destacou as reformas do quadro político-institucional com as medidas adoptadas nos últimos cinco anos relativas à luta contra a corrupção bem como as reformas em curso para a melhoria do ambiente de negócios. O Ministro da Economia e Planeamento referiu-se igualmente  aos pilares do novo Plano de Desenvolvimento Nacional, a saber Capital Humano, Infra-estruturas e Diversificação Económica, sobre os quais se espera um envolvimento do sector privado local e estrangeiro.

Participaram no encontro empresas de diversos ramos e, face ao convite da Ministra das Finanças, nas notas finais, para que invistam, foi anunciada a realização de uma missão empresarial à Angola, no segundo semestre do presente ano.

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